Acre
Com mais de 7 mil famílias atingidas pela cheia, Rio Juruá apresenta sinais de vazante em Cruzeiro do Sul
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Em Cruzeiro do Sul, a Defesa Civil já teve que remover 120 famílias de áreas alagadas e estima que mais de 7 mil tenham sido afetadas pela cheia do Rio Juruá. Mas, o manancial apresentou sinais de vazante nesta terça-feira (12) com o nível de 13,82m, sendo que no final da tarde desta segunda (11) estava com 13,88m, atingindo a sua segunda maior marca.
Apesar da redução do volume de água ainda acontecer em ritmo lento,para muitas famílias que moram nas regiões mais baixas da cidade acreana é motivo tranquilidade, já que muitos moradores estão com as casas a poucos centímetros de terem os assoalhos cobertos pela água.
“Eu já estava bastante preocupada, pois faltavam dois dedinhos para atingir o assoalho da minha casa e eu estava rezando para não subir mais, pois eu ia ter que sair e tirar minhas coisas. Agora vou ter que levantar mais minha casa durante o verão para evitar que eu fique desabrigava no inverno”, comemora a aposentada Maria Deli Silva, que mora no bairro da Lagoa.
Além do bairro de dona Maria Deli, a água invadiu o Miritizal, Boca do Moa, Olivença, Cruzeirinho, Várzea, parte do Remanso, Estirão, o Seringal Florianópolis e praticamente todas as comunidades ribeirinhas. Segundo a Defesa Civil, mais de 7 mil famílias foram afetadas diretamente. Dessas, quase 3 mil estão sem energia elétrica e 120 tiveram que ser levadas para abrigos montados pela prefeitura.
Além disso, a cheia provocou prejuízos para a lavoura e as pequenas criações de animais. As atividades de 8 escolas também foram suspensas e o atendimento em três postos de saúde que foram inundados estão paralisados.
De acordo com o prefeito em exercício, Zequinha Lima, nas últimas 24 horas não houve a necessidade de retirar mais nenhuma família de casa, mas, devido o índice de chuvas no Vale do Juruá, o município continua em alerta e a preocupação agora é com os problemas que surgem com a vazante.
“Com a vazante, temos outras ações a realizar. Em alguns locais há o desbarrancamento, algumas residências se desestruturam com a água e teremos que estar vigilantes nas questões de saúde, pois é comum surgirem muitas doenças quando a água do rio vai baixando”, disse.
Além disso, Lima falou que o município vai ter muito trabalho com a limpeza das ruas que foram inundadas.
“Estamos atuando para minimizar os problemas para essas famílias e esperamos que o governo federal reconheça do decreto de situação de emergência para que possamos receber ajuda para cuidar de todos que tiveram prejuízos”, finaliza o prefeito.
Fonte: G1